Sem poesia, a vida seria a morte.


domingo, 26 de fevereiro de 2012


Meu tempo passa.
Sofro ainda de ter a pele pálida, carecendo de um pouco de leite para a maciez destes vales e calvários a que chamam rugas..
Padeço dessa realidade torta, criada, inventada de doces delírios e sonhos fugazes.
Ando a espreita desse amor de demora, que me toma a alma e o peito cheio de ar..
Peço paciência de estar paciente nesses dias mornos de tardes sem fim, sem começos..
mas que chegam no fim, nas noites em que a lua me fita e me admira no tanto de paz que ainda consigo transbordar apesar dos anos todos de abandono..Choro o choro brando daqueles que choraram pedindo lágrimas invisíveis. E as tenho..sim eu as tenho todas..abençoada pelo escuro da morte, que ninguém veja minha dor.

Olho através da espera desse futuro que escorre entre os dedos.. peço a Deus que ainda me traga dores amáveis, medos curáveis e uma certa alegria sadia.

Peço pouco, mas tudo, por favor.

CQ

Nenhum comentário:

Postar um comentário