Sem poesia, a vida seria a morte.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Então, chega o dia que chega. 
E cruzo meus braços como se cruzasse vidas. Penso fechar os olhos como se fossem portas que eu poderia trancar, se quisesse. Mas não quero. Deixarei os olhos abertos, não há mais o que possa sair deles. Quero agora sentar-me aqui, como se descansasse o mundo sobre meu colo. Afago esse azul da Terra no meu ventre, gestando o novo horizonte que se esvanece a minha frente. O mar se derrama aos meus pés e rezo. 

Lua doce, doce é a vossa e a minha tristeza hoje.
Dias sem dias que se terminam. 
CQ

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