Sem poesia, a vida seria a morte.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Dor que doi em filho
doi multiplicado na gente.
Diante de filho toda pele é fina
todo nervo
é exposto.
Toda lágrima é mar
em profunda imensidão,
todo riso é benção
de alegria inundação...
Nascido na carne
eternamente não-nascido
nesse laço de querer
cuidar, guardar,
amar um amor além da vida.
Deixar que sigam e naveguem...
Que voem e mergulhem
com passos do tamanho
das pernas,
com sapatos que lhe caibam
nos pés,
com asas do tamanho
dos sonhos...
Não os meus passos
Não os meus pés,
não os meus voos, caminhos,
quereres ou sonhos.
Deixa-los ser quem são.
Na luz e na Sombra.
...Mas dor que dói em filho
doi multiplicado na gente.

A.L.Y.

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