Sem poesia, a vida seria a morte.


domingo, 28 de dezembro de 2014

Se tudo fosse Amor
então o Universo seria um verso.
A poesia escrita em todas as linhas
descreveria planetas novos,
estrelas nascentes
a rodopiar por séculos
em novas trajetórias livres, nunca mais mecânicas.
Toda estrela girando,
dançante nas bordas dos buracos negros,
descreveria trajetórias certas e errantes de
tantos nossos bilhões de seres (quase humanos)
que sabem que amam
mas não sabem que versam.

CQ

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Lua doce que salva qualquer flor,
doce é a vossa e a minha tristeza hoje.

Mesmo num dia sem som,
sou a mesma melodia que me termina.
Tua Luz Lua, é o que sabe me conter assim,


tão infinita.

CQ

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

quinta-feira, 23 de outubro de 2014


Um coração novo que canta,
silencioso
Em cadente alvorada, a estrela clama,
Antares distantes, sol íntimo,
perto,
do lado de dentro.

A súplica vem da rosa.
Uma rosa que não fala,
sorri.

CQ


A liberdade não mora no tempo, mas no caminho.

CQ

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

"O mundo que roda sem ser preciso,
as flores que murcham pelos motivos certos.
O homem que perde a fé no meio das suas lágrimas.

Tinha tanto a fazer a mulher que morre hoje,
mas descansa. Escolhe só a vida que se aquieta nessa morte toda."

CQ - Motivo

segunda-feira, 13 de outubro de 2014


Do que eu vejo, enxergo nada.
Emudeci.
Minha boca pertence ao mundo vazio do meu peito
meus versos são agora um silêncio que grita
a dor, o tempo, o caminho que não voltam.

meus pés que suspiram,
num coração tropeçam,
meu tempo cai.

Não vejo mais nada a frente, vejo o nada.
O abraço da morte me liberta de teus braços
onde havia horizontes, as paredes caem.
O céu se abre, minha luz ofusca as todas sombras.
Meus cegos olhos doem de tanto caminhar.

E é só de amor que nos falam essas todas ruínas.

A morte - Claudia Quintana

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Minha boca diz
na tua boca um beijo,
um sabor de fé.

Estou em você até
quando você não está.

CQ

Imagem: Andreus Kovelinas

Ouço atenta o silêncio
Sei do sono que me separa
sei do pranto que me fecha.

Sem coração,
sem medo vivo
Essa pequena dor infinita.

Mas ainda assim, agrada sentir as letras dos meus sonhos.

CQ

A vida não dura para sempre.
Verdade que hoje aflige, amanhã consola.

CQ

sábado, 9 de agosto de 2014

Healing

Many candles, one fire.
Many hearts, one love.
Many hands, one act.
Many minds, one silence.

Humanity. We are one.

C.Q.

sábado, 2 de agosto de 2014

Chego num tempo ávido
deliro entre pensar e deixar morrer
simétricos gozos.

Escrever é ir além de respirar,
um sangue necessário que se esvai.

Hoje todas as minhas palavras doem. CQ

segunda-feira, 7 de julho de 2014

domingo, 6 de julho de 2014

A dor inspira
a cura.

CQ
Sou um ser entre pedaços de tantos
Metade de mim eu escuto
A outra metade é um grito
Metade de mim é o choro
A outra metade eu rio
Metade de mim é abismo
A outra metade é um passo
dos pés que caminham em busca de um chão
que não desabe sobre minha cabeça.

O coração se abre em um peito vazio,
inteiro poesia.

A cura
CQ

domingo, 8 de junho de 2014

O tempo se vai com o vento, nada.
O tempo que não vai, nem volta.
Choro, para sempre.. talvez só hoje.
Meus livros, meus versos, meus dedos.
Tua poesia me dói.
Sou eterna, tanto quanto eu mesma.
Nada. Mais, nem menos. 

CQ

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O silêncio que me ocupa entrega a paz
a boca me traduz
os olhos me existem.

Só os teus braços que me levam
aonde eu tenho horizontes.

CQ
espera
um sono sem paz, sem dor
um sonho sem luz, sem cor

espera

alguns dias todos
poucos sonhos todos

espera

meus pensamentos livres
meus versos possíveis..

CQ

sábado, 5 de abril de 2014

Se um dia eu soubesse qual a anatomia da paz,
eu diria que esse sonho nem se esconde mais..
O frio chega, meus ossos doem,
meu tempo que foi, vai ou virá.
E entre mortos abraços e medos
é só o beijo que vive.

De amor e mais nada. CQ