Sem poesia, a vida seria a morte.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014


Do que eu vejo, enxergo nada.
Emudeci.
Minha boca pertence ao mundo vazio do meu peito
meus versos são agora um silêncio que grita
a dor, o tempo, o caminho que não voltam.

meus pés que suspiram,
num coração tropeçam,
meu tempo cai.

Não vejo mais nada a frente, vejo o nada.
O abraço da morte me liberta de teus braços
onde havia horizontes, as paredes caem.
O céu se abre, minha luz ofusca as todas sombras.
Meus cegos olhos doem de tanto caminhar.

E é só de amor que nos falam essas todas ruínas.

A morte - Claudia Quintana

3 comentários:

  1. Do que falo escuto nada
    Ceguei...
    Cheguei...
    .Meus olhos habitam o vão cerebral.

    Sou só coração!

    Meus versos anversos gritam da gruta...
    silenciosos, ociosos, ciosos
    amor, momento e o ninho que vem!

    Pés que sumiram
    Pés de moleque
    Nem tropeçam ou caem
    Sobem aos céus sobem ao Pai

    Não ouço, soluço, solução, saudade...
    O abraço da sorte me recebe em seus braços!
    Cidade nova, horizonte de luz!
    Vejo o Pai e o Filho!
    menino Jesus!

    Meus olhos se abrem!
    Pensei fosse dor o que fora amor!
    Do coração a transbordar...

    É só de amor que a morte se trata...

    "O morto" - Ricardo José de Almeida Leme

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